Explore o impacto do idadismo em nossa sociedade contemporânea e descubra como podemos quebrar estereótipos e promover uma visão mais inclusiva e positiva da idade. Neste artigo, mergulhe na discussão sobre como a idade é percebida e como podemos desafiar preconceitos que limitam o potencial de indivíduos em todas as fases da vida.
Já parou para pensar que a vida toda ouvimos 'VOCÊ ESTÁ VELHO PARA..."? Você está velho para fazer pirraça, ouvimos aos 7 anos; aos 15 'você está velha para brincar de boneca'; aos 21 ouvi que estava velha para ser bailarina; qual mulher que passou dos 34 anos não ouviu 'vai ficar velha para ser mãe'. E quando passamos dos 50 começamos a ouvir apenas 'você está velha'! Ora, afinal, o que é ser 'velho ou velha', e o que a idade tem a ver com isso?
Os avanços científicos e tecnológicos avançam a existência humana, a cada dia percebemos que estamos com mais possibilidades de preservar nossos potenciais e temos exemplos de diversas pessoas com 60, 70 e até 90 anos em plena atividade física. Porém, apesar disso, a nossa sociedade contemporânea ainda não tem em mente que idade e o estado de ser idoso são conceitos completamente distintos e devemos considerar uma perspectiva mais ampla ao abordar essa questão. Por isso, vamos mergulhar no conceito de 'idade' para abordar um (pré)conceito chamado 'idadismo.'
A Natureza Evolutiva da Idade
O que é Idade e como ela tem sido entendida na experiência humana? Nas civilizações antigas, como a Grécia e Roma, a idade estava intrinsecamente ligada ao status e ao poder. A juventude não era valorizada, pois os jovens eram considerados pouco experientes, o que os tornavam menos capazes para tomar decisões importantes. Quanto mais avançavam os anos vividos, mais os homens (sim, pasmem, as mulheres eram deixadas de lado) eram associados à sabedoria e a autoridade.
Na Idade Média, quando a expectativa de vida era mais baixa, as crianças eram consideradas adultos mais cedo e a força de trabalho jovem era mais valorizada. Doenças, fome e condições de vida precárias reduziam drasticamente a expectativa de vida das pessoas. Em geral, as pessoas tinham vidas curtas, o que levava a uma associação com a finitude. Além disso, a religião desempenhou um papel significativo na ligação entre idade e proximidade da morte, com a necessidade de preparação espiritual para essa passagem.
Com a revolução industrial, ocorreu uma mudança significativa na percepção da idade, surgindo a distinção entre infância, idade adulta e velhice. Com a necessidade da força de trabalho, a juventude ganhou espaço, enquanto a velhice passou a ser, cada vez mais, associada a uma etapa de 'descanso'. Essa transformação não apenas redefiniu o papel das diferentes faixas etárias na sociedade, mas também moldou as expectativas em relação ao ciclo de vida, promovendo uma valorização da produtividade na juventude e, consequentemente, relegando a velhice a um período de repouso e inatividade.
E em nosso mundo contemporâneo, como olhamos a idade?
Chegamos ao nosso mundo contemporâneo, onde a expectativa de vida continua a aumentar, e como deveríamos encarar a idade? A noção de idade é fluida e moldada por contextos sociais, culturais e econômicos. A passagem do tempo e suas consequências biológicas são uma realidade inegável da existência humana. No entanto, à medida que continuamos a evoluir, é crucial reconhecer, abraçar e desafiar os estereótipos que têm moldado o conceito de idade ao longo de nossa história. Então, nos dias atuais, como devemos definir essas fronteiras?
A Fronteira Tênue do Ser Idoso
Precisamos refletir sobre como e quando uma pessoa é considerada idosa. O envelhecimento é um processo gradual, e a fronteira entre o momento em que uma pessoa passa de ser jovem para ser idoso é subjetiva e influenciada por diversos fatores. Porém, é importante perceber o modo com que uma pessoa se enxerga em relação à idade e como isso pode desempenhar um papel fundamental em sua experiência de vida e para sua auto definição. Este novo olhar não desrespeita absolutamente o respeito à pessoa idosa, que tem para contribuir com a sociedade com um acúmulo de experiências valiosas que adquiriu ao longo dos anos. No entanto, como podemos nos definir a partir de uma estruturação imposta como 'a idade de uma pessoa ser considerada idosa'?
Desafiando Estereótipos e Preconceitos e as redes sociais
Embora seja crucial valorizar as pessoas idosas, também é fundamental desafiar os estereótipos que podem surgir em torno da idade que consta nas velas de aniversário. Esse preconceito é conhecido como idadismo e, se refletirmos sobre isso, manifesta-se em todas as fases da vida. Portanto, questionar a relação entre idade e as fases da vida é não apenas possível, mas necessário, uma vez que influencia como a sociedade percebe aqueles que têm mais experiência, os 'vintage(s)'.
Também é fundamental repensar como as redes sociais ainda glorificam a juventude como a fase mais desejável da vida, pois, a cada dia, nossas células, tecidos e corpo passam por mudanças profundas. A glorificação da juventude se torna ainda mais intrigante quando consideramos que o envelhecimento é um processo inevitável que todos enfrentamos. Portanto, é incompreensível que a sociedade continue a destacar uma fase da vida em detrimento das outras, quando a realidade é que todos nós, sem exceção, passaremos por diferentes estágios ao longo de nossa jornada. Mesmo quando se discute a 'terceira idade' na internet, é comum que a ênfase seja colocada nos desafios, doenças e problemas associados a essa fase. No entanto, muitas vezes se negligencia o fato de que o envelhecimento também é um estado de espírito, uma perspectiva que deveria ser considerada de maneira mais abrangente. É importante reconhecer que, a cada dia que passa, envelhecemos um dia, mas isso não deve ser separado da capacidade de viver plenamente e aproveitar todas as fases da vida.
Portanto, AVENTURE-SE!
Aqui, no "Adolescente Vintage," desejamos promover uma abordagem positiva em relação à idade e incentivar as pessoas a considerarem que a idade é apenas um aspecto da jornada humana, não necessariamente associado à velhice. Em vez de focar exclusivamente na juventude cronológica, precisamos reconhecer que a juventude transcende as limitações temporais.
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